Homeopatia na Produção - Dra. Fernanda C. Andrade

Tese de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - 2000

 

HOMEOPATIA NO CRESCIMENTO E NA PRODUÇÃO DE CUMARINA EM CHAMBÁ Justicia pectoralis Jacq.

TESE APRESENTADA À UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, COMO PARTE DAS EXIGÊNCIAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA, PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE "MAGISTER SCIENTIAE". - 2000

TESE APROVADA: 13 DE DEZEMBRO DE 1999

AUTORA: DRA. FERNANDA MARIA COUTINHO DE ANDRADE

AGRADECIMENTOS (ENTRE OUTROS): AO PROF. NEWTON MILHOMENS, QUE DESENVOLVEU UMA MÁQUINA BRASILEIRA DE FOTOGRAFIA KIRLIAN E DIVULGA COM GRANDE RESPONSABILIDADE ESSA TÉCNICA DE AUXÍLIO À CURA DOS SERES VIVENTES. AO PADRE ROBERTO LANDELL DE MOURA POR TER DESCOBERTO A MANEIRA DE MATERIALIZAR ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA O CAMPO ENERGÉTICO DOS SERES VIVOS; E AO CASAL KIRLIAN, QUE MUITO TRABALHOU NA DIVULGAÇÃO DESSA TÉCNICA.

EXTRATO: Os estudos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, no período de janeiro a outubro de 1999, visando estudar as respostas no crescimento e patogenesia, fitoquímica e campo eletromagnético da espécie Justicia pectoralis Jacq., à homeopatia. As características de crescimento avaliadas foram: matéria fresca e seca da parte aérea e raiz, relação raiz/parte aérea, comprimento médio da raiz, área foliar, diâmetro da copa, número de ramos e altura. No estudo fitoquímico, avaliou-se a produção da cumarina 1,2 benzopirona. A análise do campo eletromagnético baseou-se em fotografias kirlian de folha das plantas. A espécie medicinal Justicia pectoralis é sensível a medicamentos e preparações homeopáticas, expressando respostas no crescimento, na produção de cumarina e no campo eletromagnético. Considerando-se a planta sadia, as respostas manifestam a patogenesia das preparações e dos medicamentos. Por outro lado, considerando-se a planta doente, as respostas expressam a similitude entre a espécie e a homeopatia. As baixas dinamizações atuam, principalmente, no metabolismo primário, enquanto as altas dinamizações, no metabolismo secundário. Os princípios homeopáticos, bem como a Lei da Igualdade, traçados para seres humanos, foram aplicáveis também ao vegetal.

INTRODUÇÃO:

A concepção mecanicista cartesiana dos organismos vivos, como se fossem máquinas constituídas por partes separadas, ainda é a base da estrutura conceitual dominate, inclusive na agricultura. No momento de crise que vive o planeta, convém que sejam estudadas novas possibilidades para qualidade de vida, que envolvem mudanças de paradigma, incorporando uma nova visão de mundo emergente, com a Física Moderna, que revela a unicidade básica do Universo dinâmico, indivisível, cujas partes estão essencialmente interrelacionadas e só podem se entendidas como modelos de um processo único.

A ciência da Homeopatia é aplicável a todos os seres vivos, pois se fundamenta em processos holísticos, que se sustentam nas concepções mais avançadas. É uma ciência de preparações e ações não-moleculares; por isso, seu entendimento e aceitação podem depender do conhecimento de física quântica, dos mecanismos de memória, da teoria da ressonância mórfica e da teoria do caos, dentre outros.

Até quando os seres humanos irão persistir no modelo vigente materialista, consumista, cartesiano? Até quando irão sujeitar viver com preconceitos por novos conhecimentos? Até quando irão permitir que as resistências pessoais e grupais de maior escalão eonômico e intelectual dominem e ignorem as verdades que podem libertar? Até quando irão envenenar a si mesmos e a seus semelhantes com pensamentos e tecnologias poluidoras?

A ciência homeopática apresenta potencial de ser utilizada na agricultura orgânica, como já vem sendo utilizada em seres humanos e animais, sendo fonte de recursos que não deixam resíduos materiais no ambiente, detectáveis atualmente se forem de outra materialidade, economizam reservas naturais, podendo contribuir com a libertação e sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

As espécies medicinais possuem, além do metabolismo primário, o metabolismo secundário, que é vinculado aos mecanismos de resposta da planta ao ambiente, sendo muitos metabólitos secundários, como as cumarinas, em Justicia pectoralis, de caráter defensivo. O mecanismo de defesa integra a vitalidade, que mobiliza dinamicamente todos os seres vivos, e é estimulada pelas preparações homeopáticas.

Nas espécies medicinais, os metabólitos defensivos podem ser quantificáveis. Acredita-se que as espécies medicinais possam ser pioneiras na compreensão das respostas dos vegetais às preparações homeopáticas.

Portanto, este trabalho teve por objetivos avaliar as respostas no crescimento e na produção de cumarina em Justicia pectoralis, Jacq. à homeopatia, bem como verificar a aplicabilidade das leis da ciência homeopática ao vegetal.

FORÇA VITAL E HOMEOPATIA

"Se a preparação homeopática é não molecular, a sua ação decorre de qual força?". A idéia de uma força ou energia vital tem sido descrita em toda a história com notável semelhança por todos os escritores (VITHOULKAS, 1980), sendo Hahnemann quem primeiro trouxe ao Ocidente esse conceito, embora no Oriente fosse milenarmente conhecido (MORENO, 1995).

A energia vital é uma das modalidades da energia universal e, como toda energia, irradia-se em forma de ondas vibratórias, com características de comprimento de onde, frequência e amplitude de vibração próprios (SCHEMBRI, 1976).

Segundo CAPRA (1982), essa energia, de acordo com a ciência moderna, não é simplesmente uma substância que flui, mas atividade, com padrões dinâmicos de fluxo, flutuação, vibração, ritmo, sincronia e ressonância, uma metáfora que descreve os padrões dinâmicos de auto-organização, inteiramente compatíveis com a moderna concepção sistêmica.

De acordo com Hahnemann, a matéria do organismo, destituída de força vital, não é capaz de nenhuma sensação, nenhuma atividade, nenhuma autoconservação. É somente o ser imaterial, animador do organismo material no estado sadio e no estado mórbido (isto é, a força vital), que lhe dá toda a sensação e estimula suas funções vitais. No estado de saúde, a força vitak, que dinamicamente anima o corpo material, reina com poder ilimitado e mantém todas as partes em admirável atividade harmônica, nas sensações e funções, de modo que o espírito, dotado de razão, que reside nos seres, pode livremente dispor desse instrumento vivo e sadio para atender os mais altos fins da existência. Quando as vibrações da energia fogem dos limites da normalidade, naturalmente elas caem em faixas patológicas, gerando-se as enfermidades (SCHEMBRI, 1976).

A energia vital é intimamente ligada a cada átomo que está formando as moléculas e as células que por sua vez formam os tecidos que constituirão o sistema vivo. O padrão estabelecido por esse conjunto, quando acessado, fará com que o sistema imunológico comece a auto-reparação de órgãos ou tecidos doentes (MORENO, 1995).

Essa energia orgânica, essencial, a quem Hahnemann denominou Força Vital, pode ser apresentada como modelo analógico às forças eletromagnéticas do universo, fluindo em redes especiais a todas as partes do corpo (BRUNINI, 1993a), e se desprende do corpo físico na hora da morte (BAROLLO, 1996). Como essa energia é uma modalidade de energia "circular", depreende-se que o medicamento, também dado em forma de energia, como o homeopático, é o que atuará melhor terapeuticamente (SCHEMBRI, 1976).

A existência dessa substância vital recebe exatamente da ação dos medicamentos homeopáticos dinamizados a mais completa confirmação, porquanto, não podendo atuar diretamente sobre o organismo físico, dado que não têm massa material, mas somente dinamismo imaterial e, no entanto, atuam. Isso porque o fazem sobre outro elemento da mesma natureza, imaterial e dinâmico, em estreita relação com o organismo, de modo que toda a ação sobre um repercute logo no outro (MORENO, 1996).

Assim, essa energia é o principal agente de qualquer cura, e tudo o que se tem a fazer é remover ou diminuir os empecilhos ao seu fluxo adequado, uma vez que a doença é uma tentativa do corpo em restabelecer sua harmonia, a homeostase, ou seja o equilíbrio orgânico (BRUNINI, 1993a).

É preciso compreender, portanto, a visão energética e evoluída da Homeopatia, embasada em princípios coerentes com a Física Moderna, que envolve conceitos mais sutis trazendo à tona a causa verdadeira da doença, pois o microcosmo do ser também está sujeito às leis do universo (GERBER, 1988; BRUNINI, 1993a).

HOMEOPATIA NA AGRICULTURA

Oficializada como um insumo permitido na agropecuária orgânica (BRASIL, 1999), é um recurso terapêutico coerente com a visão orgânica, holística, ecológica e sistêmica (CAPRA, 1983; ARENALES, 1998a,b). É orgânica, porque ajuda o ambiente no resgate da harmonia e do equilíbrio, permitindo que as plantas desenvolvam-se plenamente, tendo no solo os seus nutrientes. Dessa forma, obtêm-se alimentos menos contaminados, mais vitalizados, mais equilibrados e saudáveis, permitindo a estabilização dos processos que asseguram a manutenção da vida; e um ambiente, solo, água e ar, livre de resíduos, uma vez que o medicamento homeopático não é material e sim energético (CASALI, 1998; ARENALIS, 1998b).

A energia vital dos vegetais pode ser perturbada por energias provenientes de causas físicas (calor, vibrações, radiações, etc); químicas (agrotóxicos, efeitos colaterais desses, adubação química); biológicas (contágio com fungos, bactérias, nematóides, parasitas e virús); além da energia da pessoa que os manejam. Essas perturbações desencadeiam processos que culminam em doenças, baixas produtividades e até desaparecimento de espécies (ARENALES, 1998b).

As substâncias têm composição química e energética. Os adubos químicos, agrotóxicos, apresentam baixa energia e alta composição química e, quando um organismo recebe influências dessa baixa energia, tem sua energia interna desequilibrada o que pode gerar manifestação de sintomas. Por outro lado, o medicamento homeopático é altamente energético, contribuindo no processo de cura (GARBI, 1998) e, por atuar no plano dinâmico do ser, reforça sua guarnição. Os seres homeopatizados são menos vulneráveis a doenças (BRUNINI et al.,1993).

A função essencial do organismo é a liberação de sua energia, do centro para a periferia, sendo que toda a transgressão no curso normal dessa trajetória, regida pela fundamental Lei de Cura, implica numa supressão (GODOY, 1993b). Isso continuamente vem gerando aparecimento de doenças crônicas.

A indicação do medicamento homeopático aos vegetais se faz por analogia com as indicações aos humanos experimentados (BAROLLO, 1996;MORENO, 1999a). Segundo CASTRO (1999), num futuro próximo, chegará o momento em que estará disponível uma publicação com as patogenesias em vegetais. Enquanto isso, as experimentações devem ainda ser realizadas por analogia. Steiner, citado por CASTRO (1999), observou retorno de sintomas em plantas, quando utilizou as leis de cura homeopáticas, indicando a semelhança do processo nos seres humanos e vegetais.

CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE MEDICINAL  Justicia pectoralis Jacq.,

Espécie pertencente à família Acanthaceae Juss., subfamília Acanthoideae Lindau, a qual compreende 250 gêneros e 2.700 espécies, com ampla distribuição nas regiões tropicais de todo o planeta (JENSEN et al., 1988; JOLY, 1993). Justicia L. é o gênero mais numeroso dessa família (DURKEE, 1986), com 600 espécies, entre ervas e arbustos, com distribuição em regiões temperadas e subtropicais (MARBERLY, 1997).

Justicia pectoralis Jacq. ocorre naturalmente nas Américas do Sul, do Norte, Central e Tropical, no Oeste da África e no Oeste da Índia (Leonard e Morton, citados por BARROS, 1992). Amplamente distribuída, tanto em florestas como em margens de estradas e terrenos baldios, na América Tropical; Costa Rica, ocorre desde próximo ao nível do mar, a 900m de altitude, sendo cultivada em todas as províncias, exceto Alajuela, apresentando florescimento de janeiro a maio (DURKEE, 1986).

No Brasil, ocorre espontaneamente no estado do Amazonas, território de Roraima, em margem de rios e em florestas secundárias (SCHULTES, 1978). Encontra-se amplamente cultivada, nas regiões Norte e Nordeste, especialmente em aldeias indígenas (SCHULTES, 1978, BARROS, 1992,; LINO et al., 1997).

UTILIZAÇÃO POPULAR

É utilizada na medicina popular no tratamento de muitas doenças. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, é amplamente utilizada como expectorante, analgésico, antiinflamatório, broncodilatador, antiasmático, no combate a tosse, bronquite e respiração difícil sem causa aparente, principalmente na forma de xarope ou lambedor, mas também como chá (MELO e ANDRADE, 1989; MATOS, 1997; LINO et al., 1997).

No Pará, serve contra "dor de urina", na forma de chá; e dor de cabeça como emplasto (Furtado et al., citados por MELO e ANDRADE, 1989), além de ser um dos ingredientes do tradicional "banho de São João", realizado, anualmente, para limpeza do corpo e do espírito de maledições e assegurar prosperidade, bom trabalho, dinheiro e todas as sortes (Van Den BERG e SILVA, 1986). Na aldeia Alter do Chão, o chá da parte aérea é usado em "banhos de assento", beneficiando os ovários e o útero (BRANCH e SILVA, 1983).

CONSTITUIÇÃO QUÍMICA

Muitas pesquisas realizadas com espécies do gênero Justicia L. têm revelado a presença de cumarinas, esteróis, flavonóides, diversos glicosídeos, lignanas, orosunol, neojusticidina A e B, helioxantina, justicinol, prostalidinas A. B e C, retroquinesina, justicidinas A, B, C e D, simplexolina e alcalóides (vasicinona) (OKIGAWA et al., 1970; GHOSAL et al., 1979; GHOSAL et al., 1980; CHAKRAVARTY et al., 1982; TRUJILLO et al., 1990).

AS CUMARINAS

Amplamente distribuídas no reino vegetal, as cumarinas representam uma classe de lactonas, cuja estrutura química cíclica se abre no meio básico e ciclizam-se, novamente, quando submetidas a meio ácido (DI STASI, 1996). Segundo DIXON e PAIVA (1995), a produção de cumarinas é induzida em condições de ataque de herbívoros, chegando a níveis tóxicos para esses herbívoros, causando efeito estrogênico e anticoagulante. MANN (1987) demonstrou em pesquisa propriedades anticoagulantes de cumarinas, em ratos, exercendo efetivo controle da população.

A cumarina possui efeito antipirético e inibidor da carcinogênese, enquanto outras cumarinas reúnem um amplo espectro de ações farmacológicas. Destaca-se a escopoletina, que é antiarrítmica, vasodilatadora, hipotensora, broncodilatadora, bloqueadora da junção neuromuscular, espasmolítica e simpatolítica; a umbeliferona, que possui atividades inibidoras da carcinogênese, antiespasmódica, antiarrítmica e antimutagênica; e a esculetina que possui atividades antitumoral, antimalárica e antifúngica (DI STASI, 1996). 

EXPRESSÃO DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO

O mundo clássico e mecanicista baseava-se na noção de partículas sólidas e indestrutíveis, que se moviam no vazio. A Física Moderna provocou uma revisão radical desse quadro, não só levando a uma noção completamente nova de partículas, como também transformando profundamente o conceito clássico de vazio. Essa transformação teve lugar nas chamadas teorias de campo (CAPRA, 1983).

No início do século XX, pelas pesquisas em Física, o universo passa a ser conhecido sobre quatro dimensões contínuas: o espaço (com suas três dimensões) e o tempo, que deixa de ser absoluto e separado, o espaço-tempo é curvo e relativo às posições e a razão das velocidades dos observadores em relação à velocidade da luz, e se curva, se modifica sob a ação da gravidade (STORACE e LACERDA, 1993).

Segundo MILHOMENS (1983), todos os corpos possuem um campo eletromagnético, uma vez que são constituídos de átomos, que, por sua vez, apresentam seu campo. Nos seres vivos, o campo eletromagnético é dinâmico e mutável; por outro lado, nos minerais, o campo eletromagnético é estático, e praticamente imutável, uma vez que são seres não-vivos, próprios do universo tridimensional, sendo esse campo nada mais do que cargas elétricas estáticas, provenientes dos movimentos brownianos de seus átomos e de suas moléculas.

Em 1960, a União Soviética divulgou ao mundo científico os trabalhos dos pesquisadores soviéticos Semyon Davidovitch Kirlian e de sua esposa, Valentina Kirlian, que haviam desenvolvido máquina capaz de fotografar o campo eletrodinâmico que permeia todos os objetos vivos ou não-vivos, o que estimulou uma incrível quantidade de observações no campo bioeletromagnético, em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos (VITHOULKAS, 1980; MILHOMENS, 1983), embora o verdadeiro descobridor da aura radioativa dos humanos e realizador de seu registro em fotografia seja o brasileiro Padre Roberto Landell de Moura, em 1906.

Essas fotos, científica e tecnicamente obtidas, confirmam a existência de radiações, tanto na superfície corporal, como nos vegetais, que são determinadas pela força vital ou energia biológica dos seres (SCHEMBRI, 1976). A energia vital é o campo eletromagnético dinâmico dos seres vivos (VITHOULKAS, 1980; MILHOMENS, 1983; GERBER, 1988). Todas as experiências feitas com a foto Kirlian indicam a existência de uma bioaura, ou corpo de plasma biológico, formado de matéria delgadíssima ou meio material, um invólucro pulsante de energia, que penetra o corpo físico e o enche de força vital e que tem a propriedade de se expandir e retrair, de absorver e transmitir energia (ANDREAS E KILIAN, 1976).

As mensurações na fotografia kirlian envolvem tanto o registro dos padrões das raias luminosas, produzidas pela descarga de elétrons sobre um filme fotográfico em torno objeto, como as cores registradas pelo filme podem conter quantidades variáveis de informações de valor diagnóstico acerca do objeto fotografado (GERBER, 1988), uma vez que quaisquer alterações internas do objeto fotografado, como concentração de sais, ou externas como temperatura, pressão, umidade, levam a formações de protuberâncias distintas às que aparecem na fotografia (PEHEK et al., 1976; SKARJA et al., 1998; ANDREAS e KILIAN, 1976).

Experimentos com a Homeopatia aliada à comprovação da fotografia kirlian demonstram que, quando uma substância é homeopatizada (diluída infinitesimalmente e dinamizada) e adicionada a um organismo, cuja aura (ou campo eletromagnético) tenha sido fotografada anteriormente, esta aura cresce em extensão e muda de coloração, imediatamente, comprovando que foi acrescida de uma energia diferenciada de sua própria (MORENO, 1996).

EFEITO DE HOMEOPATIAS NO CRESCIMENTO E NA PRODUÇÃO DE CUMARINAS EM Justicia pectoralis Jacq. (Acanthaceae) - CAPÍTULO 1

A Homeopatia é uma ciência cujos princípios fundamentais que regem a cura podem ser aplicados não só aos seres humanos, mas tambén aos animais e vegetais, podendo harmonizá-los num prazo muito curto (COUTINHO, 1993); BAROLLO, 1996), uma vez que as teorias da cura e do adoecimento têm pontos em comum, energias em comum, nestes reinos (MORENO, 1999a).

Sendo a Homeopatia um potencial para a agricultura orgânica, os estudos são fundamentais ao conhecimento básico das reações, interações Homeopatia/planta, além da avaliação das possibilidades na agricultura. Na comparação de preparados homeopáticos, é conveniente a utilização de todas as homeopatias na mesma dinamização CH3, evitando-se a interferência de mais uma variável, e por se tratar de uma baixa dinamização, as mudanças mais perceptíveis na estrutura física seriam observáveis.

Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar os mecanismos de resposta física e de defesa do chambá frente a diversos medicamentos e preparações homeopáticas, buscando-se o entendimento do processo.

MATERIAL E MÉTODOS

Obtenção das plantas: Utilizou-se a propagação vegetativa por divisão de touceiras, sendo as mudas colhidas com raiz, de plantas homogêneas com boas características fitossanitárias, pertencentes à coleção de plantas do Grupo Entre Folhas-Plantas Medicinais, localizado no Vila Gianetti, em Viçosa, Minas Gerais. As mudas foram transplantadas diretamente aos vasos, com capacidade de três litros, recebendo como substrato terra colhida sob mata, sem adubação. A identificação botânica da espécie foi confirmada junto ao Herbário VIC do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa, onde a exsicata se encontra reconhecida pelo número VIC 23.581. 

Condução do experimento: O experimento foi conduzido nas dependências do Departamento de Fitotecnia, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG, durante o período de 13.1.99 a 10.4.99.

A área de cultivo recebeu 100% de luminosidade, por ser mais adequada à espécie, visando a maior produção de cumarianas (BARROS, 1992). O clima de Viçosa, segundo classificação de Köppen é do tipo Cwa, com umidade relativa média anual do ar de 80%, temperatura média anual de 21 graus célsius e precipitação anual média de 1.341mm. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com 4 repetições e 10 tratamentos, totalizando 40 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída por 4 vasos, contendo 1 planta/vaso.

Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste de "t" a 5% de probabilidade, e o coeficiente de determinação. Para as variáveis altura e número de ramos, o experimento foi montado em esquema de parcela subdividida, tendo nas parcelas os tratamentos, e nas subparcelas os dias, no delineamento em blocos casualizados, com 4 repetições. Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Para o fator qualitativo, as médias foram comparadas, utillizando-se o teste Scott-Knott, a 5% de probalidade. Para o fator quantitativo, utilizou-se a regressão e os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t" a 5% de probabilidade, e o coeficiente de determinação.

Os tratamentos constituíram-se das homeopatias na dinamização CH3, ou seja, escala centesimal hahnemanniana e na terceira potência. No momento da aplicação, foi preparada uma solução com 10 gotas da homeopatia, para 1,0 litro de água desmineralizada, aplicada via pulverização (volume aproximado de 2,65 ml), realizada nas primeiras horas do dia., em intervalos semanais, a partir do estabelecimento das plantas (12.2.99). Foi adotado o procedimento de "Duplo-Cego" na implementação dos tratamentos, ou seja, durante a experimentação, o experimentador e aplicador desconhecem o medicamento em teste.

Em cada tratamento, foi utilizado um pulverizador individual, sendo as aplicações realizadas bloco a bloco, retirando-se o vaso para local distante das demais plantas e protegido do vento, totalizando 9 aplicações no final do período experimental

Tratamentos:

1) Testemunha: etanol 70%, sem dinamizar;

2) Testemunha: etanol 70% - CH3;

3) Justicia - CH3;

4) Acanthaceae - CH3;

5) Cumarina P.A. - CH3;

6) Guaco - CH3;

7) Phosphorus - CH3;

8) Sulphur - CH3;

9) Arnica montana - CH3; e

10) Ácido Húmico - CH3

Preparo das homeopatias :  foi realizado no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia - UFV. Foram preparadas tintura-mãe (TM) de Justicia, Guaco e Acanthaceae, material vegetal recém-colhido, seguindo-se as recomendações expressas na Regra 1 e Tabela Sinótica de ajustes (FARMACOPÉIA, 1977). No caso das TM de Cumarina e Ácido Húmico, o preparo seguiu as recomendações previstas na Regra 5 (FARMACOPÉIA, 1977), utilizada quando a matéria-prima disponível é substância de qualquer natureza e estado, para diferentes graus de solubilidade.

As TM foram armazenadas ao abrigo da luz, e agitadas diariamente por um período de 15 dias, quando então foram filtradas, estando prontas para dar origem aos medicamentos homeopáticos. Realizou-se o preparo de todas as homeopatias de acordo com as técnicas oficiais (FARMACOPÉIA, 1977), empregando-se procedimentos de acordo com PRADO NETO (1997). Foi respeitada a relação de 1 gota da TM/99 gotas de etanol 70% v/v, ou seja, a escala centesimal hahnemanniana (CH).

De acordo com FARMACOPÉIA (1977), o preparado homeopático deve preencher apenas 2/3 do volume do frasco em que será armazenado. Portanto, sendo o frasco utilizado de 30ml, apenas 20ml foram preenchidos. Para tal, respeitando-se a relação gota:volume, acima citada, por meio de proveta graduada, mediu-se o volume de 99 gotas do álcool, que mais se aproximava dos 2/3 de volume do frasco, chegando-se à proporção de 6 gotas da TM para 19ml do etanol 70%v/v.

Foram dispostos numa bancada três frascos, para cada preparado homeopático a ser obtido, preenchidos com 19ml de álcool 70%, devidamente etiquetados, contendo informações como nome do preparado, data, escala e dinamização.

No preparo de CH1. gotejaram-se seis gotas da TM respectiva, de acordo com a relação volume x volume, fechou-se o vidro com batoque, levando-o no equipamento dinamizador Braço Mecânico, com parada automática programada para 100 sucussões do frasco. O dinamizador realiza 540 batidas por minuto, sendo o impacto do frasco um ateparo de poliuretano, com altura do braço erguido de 30 cm e abaixado de 18cm.

Após a sucussão, retirou-se o batoque e fechou-se o frasco com cânula e bulbo, estando pronto o medicamento, CH1. No preparo do CH2, tomaram-se seis gotas do medicamento CH1 respectivo, e adicionou-se ao frasco contendo os 19ml de etanol 70%v/v. Fechou-se o frasco com batoque, procedeu-se a sucussão 100 vezes, no dinamizador, retirou-se o batoque, fechou-se o frasco, como descrito acima, estando pronto o CH2.

Em CH3, seguiu-se o mesmo procedimento acima, porém utilizando-se seis gotas de CH2. As homeopatias Sulphur, Phosphorus e Arnica montana foram compradas em Laboratório de Manipulação de Medicamentos Homeopáticos. No ensaio, foram adotadas duas testemunhas, sendo uma o etanol 70% sem dinamização, e a outra o etanol 70% na dinamização CH3, preparado como descrito acima.

Análise do crescimento e patogenesia:  As plantas foram avaliadas durante a fase de desenvolvimento vegetativo, no momento da colheita e pós-colheita, realizada antes do florescimento. De cada planta, foram tomados o seguintes dados:

a) Altura das plantas e número de ramos (ALT, NR)

b) Área foliar (AF)

c) Matéria fresca da parte aérea (MFPA)

d) Matéria seca da parte aérea (MSPA)

e) Comprimento da maior raiz (CMR)

f) Matéria fresca da raiz (MFR)

g) Matéria seca da raiz (MSR)

h) Relação parte aérea/raiz (RPAR)

i) Diâmetro da copa (DC)

Produção de cumarina:  Foram retiradas três amostras/tratamento de planta seca (folhas e caule), que foram acondicionadas em saco de polipropileno, retirando-se todo o ar da embalagem vedada com fita adesiva, devidamente identificadas, e acondicionadas em saco preto, em geladeira a -10 graus célsius, até a realização das análises químicas. A extração, identificação e quantificação das cumarinas foram realizadas no Laboratório de Análise e Síntese de Agroquímicos (LASA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa.

Análise do campo eletromagnético: Para avaliação do campo eletromagnético das plantas, sob diferentes tratamentos, utilizou-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens, Modelo 6SL-1, usando-se filme fotográfico Fuji Color, Asa 100, de 12 poses, em razão de facilitar o procedimento. Foi retirada aleatoriamente uma folha de cada repetição da experimentação, que imediatamente foi fotografada em câmara escura, reduzindo assim perdas energéticas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das variáveis de crescimento, avaliadas no momento da colheita, encontram-se nos Quadros 1 e 3, e o resumo da análise de variância nos Quadros 2 e 4. Entre essas variáveis, não se constataram diferenças estatísticas, em função dos tratamentos. Pelo resumo da análise de variância dos parâmetros altura e número de ramos (Quadro 5), observa-se um aumento linear do número de ramos, em função do tempo, enquanto a altura permaneceu quase constante, com ligeira alteração (Quadro 6 e Figura 1), porém não sendo influenciados pelas homeopatias.

Quadro 1 e Quadro 2 pg 78

Quadro 3 e Quadro 4 pg 79

Quadro 5 e Quadro 6 pg80

Figura 1 pg 81

Os valores médios de rendimento de cumarina e o resumo da análise de variância encontram-se nos Quadros 7 e 8, respectivamente. Observam-se diferenças significativas no rendimento de cumarina na parte aérea de Justicia pectoralis, em função dos tratamentos. As preparações homeopáticas, Justicia, Ácido Húmico, e os medicamentos Arnica montana, Phosphorus e Sulphur, causaram aumento no conteúdo de cumarina das plantas, quando comparados às testemunhas, não diferindo estatisticamente entre si.

Houve potencialização do metabolismo secundário, expressa no aumento do conteúdo de cumarina em 77,17% em relação à testemunha. O Ácido Húmico causou aumento de 77,55% no teor de cumarina, quando comparado à testemunha. Admitindo-se a planta sadia, segundo o princípio da experimentação das substâncias em organismo sadio (VITHOULKAS, 1980), esse quadro sintomático do metabolismo secundário pode ser considerado uma característica do Ácido Húmico.

Assim, o preparado homeopático Ácido Húmico demonstrou potencial no cultivo de espécies medicinais, quando se visa a aumentar princípios ativos. Justicia e Ácido Húmico induziram respostas semelhantes, nas plantas, em termos de metabolismo secundário. Enquanto um foi escolhido com base na "Lei dos Iguais", o outro o foi na "Lei dos Semelhantes", de forma que um transferiu informação individual, e, o outro, informações coletivas.

O chambá, sob efeito do fósforo, em doses diminutas e dinamizadas, aumentou o teor de cumarina em 67,35%, em relação à testemunha. Considerando-se a planta sadia, qualquer alteração do metabolismo secundário caracteriza o Phosphorus, sendo esse sintoma coincidente com os relatados para seres humanos.

A similaridade entre o Sulphur e Justicia causou variação do conteúdo de cumarina, sendo essa similaridade essencial na escolha do preparado homeopático (HAMLY, 1979). Se, por um lado, a potencialização do metabolismo secundário é a resposta defensiva da energia vital ao Sulphur, por outro, pode ser sintoma do Sulphur, manifesto na planta sadia. A resposta da planta, sintetizando mais cumarina, confirma a similitude dos sintomas, podendo, também, ser a patogenesia de Arnica montana, considerando-se a planta sadia.

Os preparados Acantahaceae, Guaco e Cumarina, não causaram alterações na cumarina, sendo os conteúdos produzidos estatisticamente iguais a testemuha. A resposta de harmonização do organismo, frente a qualquer homeopatia, depende da similaridade, da dinamização, do tempo de aplicação, e da forma de aplicação, dentre outros. Desse modo, os preparados não tiveram ressonância por alguma dessas razões.

Há sensibilidade da planta a alguns dos preparados e medicamentos homeopáticos testados, em baixo dinamização. Portanto, a baixa dinamização de Justicia, Ácido Húmico, Phosphorus, Sulphur e Arnica montana, foram potências suficientes para estimular a energia vital, o que foi expresso no metabólito de defesa em Justicia pectoralis.

Quadro 7 e 8 pg 86

Análise do campo eletromagnético: As fotografias kirlian retrataram alterações no campo eletromagnético das plantas, em função dos tratamentos (Figuras 2, 3 e 4). Na testemunha, a luminosidade da fotografia não está muito acentuada e a luz apresenta-se espalhada. A luz branca tem faixas de muitos detelhamentos, alternadas com faixas mais uniformes, com pequenos feixes e explosões de energia. A luz rosa envolve quase todo o contorno da folha, seguindo-se a luz branca, com muitas reentrâncias, e saída de energia. Não se observa o canal central de circulação.

Em justicia CH3, há leve difusão da luminosidade e a luz está mais retida. A luz branca circunda a folha, sendo individualizada com estrias, e poucas e pequenas explosões com muita saída de energia na forma de feixes. A luz rosa, bem retida, apresenta muitas reentrâncias. O canal de circulação central é bem definido por explosões de luz branca.

O Ácido húmico causou luminosidade difusa, com a luz bem retida, centrada. A luz branca é expandida em diâmetro, quase sem individualização, com poucos feixes, sem explosões, mas com algumas estrias. A luz rosa envolve todo o contorno, seguindo-se a luz branca, com poucas manchas e reentrâncias. O canal central de circulação é visível por explosões de luz branca.

No Guaco, tem-se boa luminosidade da fotografia. A luz branca é muito individualizada, com muitos e pequenos feixes e explosões, apresentando estrias. A luz branca e rosa circundam o contorno da folha. A luz rosa apresenta poucas reentrâncias, sendo bem retida. O canal central de circulação não está perceptível.

Em Acanthaceae, a luminosidade é difusa, e a luz está espalhada. A luz branca, em algumas partes do contorno da folha, é pouco individualizada, mas com pequenos e difusos feixes e explosões de energia, e, em outras partes, a individualização é mais nítida. As estrias, porém, são bem definidad e em grande quantidade. A luz branca ocupa grande área, com muita saída de energia na forma de estrias e explosões. Na luz rosa, há muitas reentrâncias e o canal de circulação é perceptível com leves assinaturas.

Figura 2 pg 88

Figura 3 pg 89

Figura 4 pg 90 

No Phosphorus, percebe-se pequena difusão da luz. A luz branca tem muitas assinaturas, na forma de feixes e explosões pequenas, além de explosões grandes, e muitas estrias de saída de energia. A luz rosa está pouco definida e muito mesclada pelo vermelho e branco, com muitas reentrâncias. O canal de circulação é perceptível, e bem individualizado.

Em Sulphur , a fotografia se caracteriza pela pouca difusão da luz, com luzes bem espalhadas. A luz branca é muito assinada, com pequenos feixes envolvendo a folha e observam-se explosões pequenas e medianas de energia, mas sem estrias. A luz rosa é pouco diferenciada da luz vermelha e branca, com muitas reentrâncias. O canal de circulação é perceptível.

Em Arnica montana, tem-se grande luminosidade na fotografia. As luzes são bem espalhadas e assinadas. A luz branca ocupa área restrita, limitando-se ao contorno físico da folha, sendo totalmente individualizada em feixes, pequenas explosões e algumas estrias. A luz rosa tem muitas reentrâncias, e o canal central é perceptível.

Na Cumarina, ocorre grande difusão da luminosidade da foto. As luzes são muito centradas, tendendo à forma circular, e praticamente não apresentam sinais de individualização. A luz branca se interage com o físico da folha, não se limitando apenas ao contorno.

Pode-se observar grupos com comportamento semelhante. Ácido Húmico e Cumarina foram as fotografias que expressam a luz mais centrada, tendendo a circular, e menos individualizada, demonstrando mais equilíbrio. A Cumarina transmitiu às plantas a energia de um composto bem conhecido da espécie, e o Ácido Húmico transferiu informações também bem conhecidas. Enquanto na Cumarina a informação é individual, no Ácido Húmico é coletiva, mas ambas bem reconhecidas pelas plantas, despertando a energia, que se expressa de forma equilibrada.

A luz de Acanthaceae e Justicia foi mais retida, embora ainda com muita individualização. Justicia é informação individual da espécie e Acanthacea informação individual do gênero. O gênero é menos limitante que a espécie, o que é observado na luz branca de Acanthaceae, que é menos individualizada que Justicia. A energia de Justicia é igual, e a de Acanthaceae é semelhante.

As fotografias de Sulfur e Phosphorus expressaram maiores explosões de  luz, com luz bem individualizada. Esses medicamentos trazem informações muito energéticas, constatadas no excesso de energia que foi acrescido ao campo eletromagnético, onde se verifica, inclusive, liberação dessa energia na forma de grandes explosões. Ambos são medicamentos com base na Lei dos Semelhantes.

Portanto, houve resposta do chambá, por meio das alterações no campo eletromagnético, em função das homeopatias. Conforme MORENO (1996), o acréscimo de energia causou, até mesmo nos casos em que não se detectaram alterações no metabolismo primário e no secundário, variações no campo eletromagnético.

De acordo com Margeau e Higgins, citados por VITHOULKAS (1980), somente os campos eletromagnéticos ou eletrodinâmicos podem agir como indicadores claros das transformações química, metabólica ou molecular contínuas no sistema. Em Cumarina e Ácido Húmico, ocorreram campos semelhantes, embora Ácido Húmico também tenha promovido alterações no conteúdo de cumarina, enquanto o preparado homeopático Cumarina expressou alterações na energia vital, mas não o metabólito.

Justicia e Acanthaceae, do mesmo modo, apresentaram campo eletromagnético semelhante. Justicia também promoveu alterações no conteúdo de cumarina, enquanto Acanthaceae não.

Sulphur e Phosphorus causaram alterações na energia vital de Justicia pectoralis, expressas no metabolismo secundário e no campo eletromagnético.

Ácido Húmico e Justicia foram as preparações que causaram maior conteúdo de cumarina em Justicia pectoralis. Pela fotografia kirlian, observa-se que o Ácido Húmico, transferiu informações coletivas de matéria orgânica, encontra-se com o campo eletromagnético uniforme, quase sem traços individualizantes, enquanto em Justicia, que transferiu energia individual, a fotografia expressa muitas assinaturas.

Os preparados Acanthaceae, Cumarina e Guaco, apesar de não terem causado alterações estatisticamente significativas no conteúdo de cumarina, apresentaram retratos distintos do campo eletromagnético. Acanthaceae e Guaco transferiram informações individuais de espécies semelhantes à justicia pectoralis, e essa individualidade está retratada na foto. Por outro lado, apesar de a Cumarina ser composto isolado, a individualidade energética foi reconhecida pela totalidade vital de Justicia pectoralis, conforme o campo eletromagnético.

As fotos de Sulphur, Arnica montana e Phosphorus, que apresentaram similaridade de sintomas com Justicia pectoralis possuem muitos traços de individualização, talvez por serem específicos de similitude, e terem causado variações semelhantes no conteúdo da cumarina.

Portanto, Justicia pectoralis respondeu concretamente aos medicamentos e às preparações homeopáticas, tanto no metabolismo secundário como no campo eletromagnético, revelando a ressonância entre a energia homeopática, a defesa da planta e o campo eletromagnético.

RESUMO E CONCLUSÕES

Foram avaliados, neste estudo, os mecanismos de resposta física, defesa, e campo eletromagnético de Justicia pectoralis , frente a diversos medicamentos e preparações homeopáticas, buscando o entendimento do processo. O experimento foi conduzido no período de 13.1.99 a 10.4.99. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com 4 repetições e 10 tratamentos, totalizando 40 parcelas experimentais, tendo cada parcela 4 vasos, e 1 planta/vaso. Os tratamentos constituíram-se de 2 testemunhas: etanol 70% sem dinamizar e tanol 70% CH3; e das homeopatias Justicia, Acanthaceae, Cumarina P.A., Guaco, Phosphorus, Sulphur, Arnica montana, e Ácido Húmico, todas dinamizadas na escala centesimal hahnemanniana, CH3.

As homeopatias Phosphorus CH3, Arnica montana CH3, e Sulphur CH3 foram adquiridas em Laboratório de Manipulação de Homeopatia, e as demais foram elaboradas no Laboratório de Homeopatia do DFT/UFV, sendo adotadas as técnicas oficiais indicadas na FARMACOPÉIA (1977), empregando-se procedimentos de acordo com PRADO NETO (1997). Os tratamentos foram implementados às plantas, em intervalos semanais, via pulverização, sob procedimento Duplo-Cego.

Os dados de altura e número de ramos foram obtidos em intervalos de 10 dias, até a colheita das plantas, quando foram avaliados parâmetros de produção. A quantificação da cumarina (1-2 benzopirona) nas amostras do extrato bruto das plantas foi feita em Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência.

O campo eletromagnético foi analisado por meio de fotografia kirlian, utilizando-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens. O crescimento das plantas não foi influenciado pelas homeopatias. O conteúdo da Cumarina aumentou nas plantas homeopatizadas com Justicia CH3 (77,17%), Ácido Húmico CH3 (77,55%), Phosphorus CH3 (67,35%), Sulphur CH3 (73,34%) e Arnica montana CH3 (68,19%), quando comparadas às testemunhas.

A análise Kirlian demonstrou grande variabilidade no campo eletromagnético das plantas, em função dos tratamentos. Portanto, Justicia pectoralis percebeu os medicamentos e as preparações homeopáticas, o que foi refletido com alterações no metabolismo secundário e campo eletromagnético, indicando ressonância entre as energias das homeopatias, da defesa da planta e do campo eletromagnético. Os princípios da Homeopatia, estabelecidos para seres humanos, são aplicáveis a Justicia pectoralis.

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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CUMARINA EM Justicia pectoralis Jacq. TRATADA COM ISOTERÁPICO (Capítulo 2):

Na homeopatia, as preparações denominadas nosódios incluem-se no Sistema Isopático, onde rege a Lei da Igualdade (SCHEMBRI, 1976), ou seja, tratam-se desequilíbrios por meio das próprias causas que os produzem, sendo a matéria-prima manipulada mediante técnica homeopática (BRUNINI, 1993a). Incluem-se também no Sistema Isopático as preparações denominadas isoterápicas, em que a matéria-prima, entretanto, não é de origem patológica, como no caso de Justicia.

O objetivo do ensaio foi avaliar a resposta a crescentes dinamizações de Justicia, no crescimento, patogenesia e produção de cumarina em Justicia pectoralis.

MATERIAL E MÉTODOS

As mudas foram propagadas por divisão de touceiras de plantas-matrizes, pertencentes ao Grupo Entre Folhas, localizado na Vila Gianetti, em Viçosa-MG, sendo diretamente plantadas em vasos com três litros de terra de mata, sem adubação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com tela de 30% de sombreamento e cobertura de filme transparente de polietileno, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, localizada na Zona da Mata, durante o período de 2.6.99 a 6.10.99.

O delineamento foi inteiramente casualizado, com 4 repetições e 6 tratamentos, totalizando 24 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso. Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade. Para as variáveis altura e diâmetro da copa, os dados foram interpretados, utilizando-se a metodologia da superfície de resposta.

Os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t" a 5% de probabilidade. Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3,0m, isolados com filme de polietileno transparente e distribuídos aleatoriamente, sendo feito rodízio quinzenalmente. Os tratamentos constituíram-se da aplicação das dinamizações 3,6,12,18,24 e 30, na escala centesimal hahnemanniana de Justicia.

Na implementação dos tratamentos, que se iniciou após o plantio, foi preparada uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada, sendo pulverizados aproximadamente 2,65ml na parte aérea semanalmente e nas primeiras horas do dia. O preparo das homeopatias foi realizado no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia.

Para analisar o crescimento vegetativo e detectar a patogenesia, foram tomados os seguintes dados:

a) Altura da planta (ALT)

b) Diâmetro da copa (DC)

c) Área foliar

d) Matéria fresca da inflorescência (MFI)

e) Matéria fresca de folhas e caule (MFFC)

f) Matéria fresca total (MFT)

g) Matéria seca da inflorescência (MSI)

h) Matéria seca de folhas e caule (MSFC)

i) Matéria seca total (MST)

Produção de Cumarina : Foram retiradas 4 amostras/tratamento de planta seca (folha e caule), em sala com desumidificador, com temperatura aproximada entre 15,4 e 20,9 graus célsius, colhidas 84 dias após a implantação do experimento. As amostras foram acondicionadas em saco de polipropileno, retirando-se todo o ar da embalagem, vedada com fita adesiva, devidamente identificadas, acondicionadas ao abrigo da luz, em geladeira a -10 graus célsius, até a realização das análises químicas. A extração e quantificação das cumarinas foram realizadas no Laboratório de Análises e Síntese de Agroquímicos (LASA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa.

Análise do campo eletromagnético: Para avaliação do campo eletromagnético das plantas, sob diferentes tratamentos, utilizou-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens, Modelo 6SL-1, usando filme fotográfico Fuji Color, Asa 100, de 12 poses, em razão de facilitar o procedimento. Foi retirada, aleatoriamente, uma folha de cada repetição da experimentação, que, imediatamente, foi fotografada em câmara escura, reduzindo, assim, perdas energéticas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resumo da análise de variância das variáveis de crescimento, determinadas na colheita das plantas, encontra-se no Quadro 1, e as equações de regressão ajustadas são mostradas no Quadro 2. Apenas as variáveis matéria fresca de folha e caule e matéria fresca total foram influenciadas pelas dinamizações de Justicia.

Pelas Figuras 1 e 2, observa-se a alternância da resposta. Em CH3, houve produção baixa, que aumenta em CH6, caindo, novamente, em CH12, atingindo o mínimo em CH18 e, posteriormente, aumentando em CH24, atingindo a produção máxima em CH30. No Quadro 3, tem-se o resumo da análise de variância da altura e do diâmetro da copa. As equações de regressão ajustadas encontram-se no Quadro 4.

Quadro 1 e 2 pg 105

Figura 1 e 2 pg 106

Quadro 3 e 4 pg 107

A altura foi influenciada pelas dinamizações de Justicia (Figura 3). A altura máxima das plantas, no final do período experimental, foi maior em CH3, reduzindo, progressivamente, com o aumento da dinamização, chegando a valores mínimos em CH18, quando, então, começa aumentar, chegando em CH30 a valores próximos de CH3 (Figura 4).

O diâmetro da copa das plantas aumentou durante o período e o modelo de regressão que mais correspondeu a essa variável foi o quadrático (Quadro 4), refletindo o crescimento até valores máximos, tendendo a decrescer, posteriormente (Figura 5), sendo essa resposta não-influenciada pelas dinamizações de Justicia, mas somente pelo tempo. Considerando a planta sadia, esses resultados seriam característicos de Justicia, ou seja, sintomas da patogenesia de Justicia.

Figuras 3 4 5 pg 109 

O resumo da análise de variância da variável cumarina e a equação de regressão ajustada encontram-se nos Quadros 5 e 6, respectivamente. O rendimento de cumarina variou em função da dinamização de Justicia. Em CH3, houve baixo rendimento, aumentado pela CH6, decrescendo progressivamente até CH24, voltando a aumentar em CH30 (Figura 6).

Página 111

Análise do campo eletromagnético:  As fotografias kirlian, observadas nas Figuras 7 e 8, retratam as alterações no campo eletromagnético de Justicia pectoralis homeopatizadas com crescentes dinamizações do isoterápico Justicia. Na testemunha, percebe-se leve difusão da luminosidade na fotografia. A luz branca individualizada, porém bem difusa, apresenta energia desprendida em pequenas e grandes explosões e estrias. A luz rosa circunda juntamente com a luz branca o contorno da folha, marcada com reentrâncias. A luz azul se limita apenas à extremidade do contorno da folha e o canal de circulação é perceptível, sendo pouco assinado.

Em CH3, a luz branca apresenta luminosidade difusa, circundando todo o contorno da folha, muito assinada, com feixes e explosões pequenas e grandes de energia e muitas estrias. A luz rosa envolve maior contorno da folha, apresentando reentrâncias. Feixes de luz azul são verificados em todo um lado do contorno da folha, e o canal de circulação é perceptível e pouco assinado.

Em CH6, a luminosidade da fotografia é aumentada. A luz branca é escassa, pouco espessa, restringindo-se a pequenos feixes e explosões muito individualizados e poucas estrias. A luz rosa encontra-se mais retida, com muitas reentrâncias e manchas. Feixes de luz azul podem ser verificados em todo o contorno da folha, e o canal de circulação é perceptível.

Em CH12, aumenta-se a difusão da luminosidade da fotografia. A luz branca se torna mais espessa, mas muito assinada com feixes, explosões e estrias. A luz rosa em um dos lados do contorno é muito manchada e no outro apresenta muitas reentrâncias. A luz azul está retida, e só é perceptível numa porção limitada do contorno. O canal de circulação é muito assinado.

Figura 7 pg 114

Figura 8 pg 115

Em CH18, a fotografia está com luminosidade difusa. A luz branca envolve todo o contorno da folha, sendo que um dos lados se apresenta totalmente una, e, no outro, muito assinada com feixes. As estrias estão bem marcadas e há explosões de luz branca. A luz rosa não apresenta manchas, mas apresenta reentrâncias. A luz azul só pode ser vista suavemente na porção inferior do contorno da folha. O canal de circulação é perceptível e difuso.

Em CH24, a luminosidade é difusa. A luz branca envolve o contorno da folha com feixes e pequenas explosões de luz individualizada, mas com luminosidade difusa. Poucas estrias são percebidas. A luz rosa apresenta reentrâncias e poucas manchas. A luz azul só é percebida na porção inferior da folha. O canal de circulação é levemente individualizado.

Em CH30, observa-se maior desorganização da luz. A branca é menos difusa, com muitas assinaturas em feixes, pequenas explosões e estrias. A luz rosa apresenta muitas manchas e reentrâncias. A luz azul não é visível em todo o contorno, e o canal de circulação é bem individualizado.

As plantas com Justicia CH6 apresentaram o campo mais individualizado, o que é bem perceptível ao analisar a luz branca. A fotografia pode estar expressando a informação de individualidade, contida no preparado, bem como as características bem definidas, assinadas e luminosas, podem estar expressando maior atuação do preparado mais denso no físico. Em CH6, obteve-se o maior rendimento de cumarina, e foi a dinamização a partir da qual iniciou-se a diminuição da altura, da produção de matéria fresca e cumarina.

A luz rosa aumentou suavemente a espessura com o aumento da dinamização, sendo que, em CH30, apresentou-se bem esparsa. Em CH30, verifica-se uma desorganização da energia, com muita saída de luz do campo. Nessa dinamização, também se percebe um pico de produção de matéria fresca e uma retomada na produção da cumarina.

A luz azul foi perceptível em todo o contorno da folha, na forma de feixes em CH3 e CH6. Nessas dinamizações, a produção de matéria seca e até mesmo o rendimento de cumarina alcançaram valores próximos. Entre CH12 e CH24, houve aumento na difusão e diminuição das assinaturas da luz branca. Nesse intervalo, também se observa queda progressiva do crescimento em altura, matéria fresca e conteúdo de cumarina. As alterações, porém, são muito sutis, demonstrando que a energia que está sendo acrescida às plantas, via homeopatia, é igual à energia de Justicia pectoralis.

RESUMO E CONCLUSÕES

O campo eletromagnético foi analisado por meio da fotografia kirlian, utilizando-se a máquina de fotografia kirlian, Padrão Newton Milhomens. Verificou-se a intensificação e o enfraquecimento periódico do crescimento e a produção de cumarina com o aumento da dinamização, demonstrando que os vegetais apresentam alternância de resposta, frente às homeopatias, semelhante ao verificado em seres humanos.

Os resultados confirmam o efeito das preparações homeopáticas não moleculares, na planta, revelando que a Homeopatia, nos vegetais, mesmo na lei dos iguais, tem efeitos potenciais. As fotografias kirlian retrataram alterações no campo eletromagnético das plantas, resultantes das crescentes dinamizações do isoterápico, significando que podem se tornar uma tecnologia com potencial de avaliação dos efeitos das homeopatias em plantas.

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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CUMARINA EM PLANTAS DE CHAMBÁ (Justicia pectoralis Jacq.) HOMEOPATIZADAS COM Acanthaceae (CAPÍTULO 3)

A preparação homeopática denominada Acanthaceae, elaborada a partir da espécie Justicia carnea, em fase de desenvolvimento vegetativo, foi selecionada não por analogia dos sintomas manifestados, mas a fim de verificar a aplicabilidade da lei dos semelhantes (VITHOULKAS, 1980) sob outro aspecto.

As espécies são agrupadas num mesmo gênero e família botânica por apresentarem muitas semelhanças morfológicas, anatômicas, de hábitos e até de composição química. No caso das espécies que apresentaram metabolismo secundário, como as medicinais, esse caráter químico tem sido mais um critério acessível para classificação de certos taxa (HEROUT, 1973). Acredita-se que essas plantas tão semelhantes, ao serem dinamizadas, possam ainda manifestar outros potenciais até então desconhecidos também semelhantes, e proceder ao processo de cura em algum aspecto da existência.

O trabalho teve como objetivo avaliar a resposta à similitude entre crescentes dinamizações da preparação homeopática Acanthaceae, em chambá, expressa no crescimento, na patogenesia e produção de cumarina.

MATERIAL E MÉTODOS

As mudas foram propagadas por divisão de touceiras de plantas-matrizes, pertencentes ao Grupo Entre Folhas, localizado na Vila Gianetti, em Viçosa-MG, sendo diretamente plantadas em vasos contendo 3,0 litros de terra colhida sob mata, sem adubação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com tela 30% de sombreamento e cobertura de filme transparente de polietileno, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG, localizada na Zona da Mata, durante o período de 2.6.99 a 6.10.99.

O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 4 repetições e 6 tratamentos, totalizando 24 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso. Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade. Para as variáveis altura e diâmetro da copa, os dados foram interpretados, utilizando-se a metodologia da superfície de resposta.

Os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade. Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3,0 m, isolados com filme de polietileno transparente e distribuídos, aleatóriamente, sendo feito rodízio quinzenalmente.

Os tratamentos constituíram-se da aplicação das dinamizações 3, 6, 12, 18, 24 e 30, na escala centesimal hahnemanniana, do preparado homeopático Acanthaceae. Na implementação dos tratamentos, que se iniciou após o plantio, foi preparada uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada, pulverizando, aproximadamente, 2,65 ml à parte aérea das plantas, semanalmente, nas primeiras horas do dia.

As preparações foram realizadas no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia. Inicialmente, preparou-se a tintura-mãe (TM) da parte aérea recém-colhida de Justicia carnea, família Acanthaceae, sendo seguidas as recomendações expressas na Regra 1 e Tabela Sinótica de ajustes (FARMACOPÉIA, 1977).

Para analisar o crescimento vegetativo das plantas e detectar possíveis patogenesias, foram tomados os seguintes dados:

a) Altura da planta (ALT)

b) Diâmetro da copa (DC)

c) Área foliar

d) Matéria fresca da inflorescência

e) Matéria fresca de folhas e caule (MFFC)

f) Matéria fresca total (MFT)

g) Matéria seca da inflorescência (MSI)

h) Matéria seca de folhas e caule (MSFC)

i) Matéria seca total (MST)

Produção de cumarina: Foram retiradas 4 amostras/tratamento de planta seca (folha e caule), em sala com desumidificador, à temperatura aproximada entre 15,4 e 20,9 graus célsius, 84 dias após a implementação do experimento, que foram acondicionadas em saco de polipropileno. Foi retirado todo o ar das embalagens, que foram vedadas com fita adesiva, devidamente identificadas e acondicionadas em saco preto, em geladeira a -10 graus célsius, até a realização das análises químicas.

A extração e quantificação das cumarinas foram realizadas no Laboratório de Análise e Síntese de Agroquímicos (LASA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa.

Análise do campo eletromagnético: Para avaliação do campo eletromagnético das plantas, sob diferentes tratamentos, utilizou-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens, Modelo 6SL-1, usando filme fotográfico Fuji Color, Asa 100, de 12 poses, em razão de facilitar o procedimento. Foi retirada, aleatóriamente, uma folha de cada repetição da experimentação, que, imediatamente, foi fotografada em câmara escura, reduzindo a perda energética.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resumo da análise de variância das variáveis determinadas na colheita e as equações de regressão ajustadas encontram-se nos Quadros 1 e 2, respectivamente. As variáveis não foram influenciadas pelos tratamentos.

Nos Quadros 3 e 4, encontram-se o resumo da análise de variância e as equações de regressão ajustadas, respectivamente, às variáveis altura e diâmetro da copa, obtidas em intervalos regulares de 10 dias, durante o período experimental.

Pg 130 - Quadro 1 e 2

Quadro 3 e 4 pg 131

Figura 1 pg 132 

Figura 2, 3 pg 133 

Acanthaceae CH3 promoveu o crescimento da planta, chegando à altura máxima, tendendo a diminuir, posteriormente (Figura 1), enquanto o diâmetro da copa cresceu linearmente (Figura 2). Admitindo-se a planta sadia, esses sintomas são considerados característicos de Acanthaceae. Assim, as baixas dinamizações desencadeiam sintomas perceptíveis no físico, e, à medida que se aumenta a dinamização, progressivamente, a ação de Acanthaceae deixa de ser percebida no físico, passando a manifestar-se em outros níveis da planta.

O resumo da análise de variância da cumarina e a equação de regressão ajustada, encontram-se nos Quadros 5 e 6 respectivamente. O conteúdo de cumarina em chambá foi influenciado pelas dinamizações de Acanthaceae. Em CH3, o rendimento médio foi 0,0376%, diminuindo em CH6 para 0,0338%. Em CH12, esse rendimento médio aumentou para 0,0416%, que continuou aumentando em CH18, para 0,0562%, chegando ao pico máximo em CH24 (0,0607%), e caindo para 0,0385% em CH30 (Figura 3).

Observa-se, em CH3, maior altura e diâmetro das plantas (Figuras 1 e 2), que apresentaram baixo teor de cumarina (Figura 3), quando comparadas às plantas com Acanthaceae CH24, com menor porte. Esse resultado expressa o efeito de diluição dos compostos secundários, visto que houve pequeno aumento na produção de matéria fresca em CH3. As dinamizações altas foram capazes de atuar na energia vital, em uma de suas funções - o mecanismo de defesa -, enquanto as baixas causaram respostas no físico. Por outro lado, com o estímulo das dinamizações mais baixas, a planta investiu no crescimento, e com o aumento da dinamização, reduziu o crescimento passando a investir na defesa.

Considerando a planta sadia, pode-se inferir que, nas dinamizações mais baixas do preparado homeopático, as plantas apresentaram patogenesia expressa no corpo físico, ou seja, aumentaram o porte, enquanto em dinamizações mais altas, como em CH18, CH24, o metabolismo secundário foi acionado, aumentando o conteúdo de cumarina.

Quadro 5 e 6 pg 135 

Em CH30, porém, as plantas apresentaram menor porte (Figuras 1 e 2), e também queda no metabolismo secundário, representado pela produção de cumarina. Portanto, o comportamento cíclico de produção de cumarina expressou movimento cíclico (MILANESE, 1991) das respostas aos preparados homeopáticos, e, provavelmente, tem maior hierarquia que o crescimento.

Observa-se que a alteração na dinamização de Acanthaceae foi capaz de alterar comportamentos fisiológicos, revelados pela cumarina, um metabólito secundário, o que, além de revelar a similaridade entre a espécie Justicia pectoralis e o preparado homeopático Acanthaceae, revelou o movimento rítmico caótico da natureza.

Figura 4 pg 136

Análise do campo eletromagnético: As fotografias Kirlian de Justicia pectoralis, homeopatizadas com crescentes dinamizações de Acanthaceae, podem ser observadas nas Figuras 5 e 6. Na fotografia da testemunha, verifica-se grande luminosidade. A luz branca apresenta-se circundando todo o contorno da folha, de forma individualizada, com pequenos feixes e explosões de energia e muitas estrias bem definidas. A luz rosa é muito esparsa, circundando quase todo o contorno, com muitas reentrâncias e manchas. O canal central de circulação é perceptível com pequenas explosões de luz branca.

Em CH3, o campo eletromagnético do chambá apresenta-se com muita luminosidade. A luz branca envolve todo o contorno da folha, sendo restrita, com pequena espessura e muito individualizada, com pequenos feixes e explosões, sendo as estrias quase inexistentes. A luz rosa é esparsa, com reentrâncias, manchas e falhas no contorno. O canal de circulação é visível, sendo pouco individualizado.

Em CH6, ocorre leve difusão na luminosidade da fotografia. A luz branca é menos individualizada, com porções bem unificadas, mas apresenta ainda algumas assinaturas em feixes, explosões de energia e poucas estrias. A luz rosa está mais retida, mas ainda verificam-se reentrâncias, falhas no contorno e poucas manchas. O canal de circulação é perceptível, com assinaturas de explosão de luz branca.

Em CH12, a fotografia apresenta leve difusão da luminosidade. A luz branca apresenta feixes e explosões que apesar de individualizados são poucos nítidos. A luz rosa é mais retida, mas com reentrâncias e poucas manchas, mas sem falhas no contorno da folha. O canal de circulação apresenta-se difuso e sem individualizações.

No campo de CH18, houve difusão da luminosidade. A luz branca tem faixas com muita assinatura em feixes, e faixas sem assinaturas, mais uniformes, onde ocorrem poucas, mas grandes explosões de energia. Muitas estrias bem definidas são verificadas na luz branca. A luz rosa é bem retida, com poucas reentrâncias e manchas. O canal de circulação apresenta-se com algumas explosões e é difuso.

Figura 5 pg 138

Figura 6 pg 139

Em CH24, tem-se uma fotografia de luminosidade difusa. A luz branca ocupa maior espessura, com poucas assinaturas, mas com estrias, e poucas e grandes explosões de luz difusa. A luz rosa em um dos lados do contorno da folha apresenta reentrâncias profundas e manchas, enquanto no outro lado é mais homogênea, apesar de suaves recortes. O canal central é perceptível com explosões individualizadas.

Em CH30, percebe-se a difusão da luminosidade. A luz branca é mais espessa, quase sem assinaturas, apesar de algumas poucas estrias e feixes. A luz rosa é mais centrada, com suaves reentrâncias, sem manchas. O canal de circulação é perceptível e difuso. Com o aumento da dinamização, percebem-se campos com luminosidade mais difusa. A luz rosa, progressivamente, torna-se mais centrada e uniforme, enquanto a luz branca apresenta menos assinaturas e fica mais espessa.

Com as crescentes dinamizações, verificou-se menor resposta física das plantas e aumento na resposta do metabolismo secundário. Pode-se inferir que, quanto mais luminosidade apresenta a foto, mais energia em baixa frequência está retratada, ou seja, aspectos materiais. Quanto mais dinamizada a preparação, mais espessa e nos individualizada é a luz branca. Provavelmente, está refletindo que, nas preparações não-moleculares, níveis mais profundos e abrangentes do ser estariam sendo estimulados.  

Em CH30, apesar de ter ocorrido queda no crescimento e no metabolismo secundário, em termos energéticos, a planta possivelmente está mais equilibrada, tendendo à unificação das luzes.

Portanto, as alterações na energia vital de Justicia pectoralis, retratadas na fotografia kirlian, expressam as semelhanças entre a espécie e o preparado homeopático Acanthaceae, sustentando as respostas também verificadas no metabolismo primário e no metabolismo secundário.

RESUMO E CONCLUSÕES

Avaliou-se a resposta à similitude entre crescentes dinamizações de Acanthaceae e Justicia pectoralis, expressa no crescimento e patogenesia, produção de cumarina e campo eletromagnético. O experimento foi conduzido nas dependências do telado do DFT/UFV, no período de 02/06/99 a 06/10/99. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 4 repetições e 6 tratamentos, totalizando 24 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso.

Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3m, isolados com filme de polietileno transparente. Os tratamentos constituíram-se das dinamizações CH3, CH6, CH12, CH18, CH24 e CH30 do preparado homeopático denominado Acanthaceae. A implementação dos tratamentos iniciou-se após o plantio das mudas, sendo pulverizada à parte aérea uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada.

As homeopatias foram preparadas no Laboratório de Homeopatia do DFT/UFV, a partir da espécie Justicia carnea, segundo as técnicas oficiais indicadas na FARMACOPÉIA (1977), empregando-se procedimentos de acordo com PRADO NETO (1977). Os dados de altura e diâmetro da copa das plantas, foram obtidos em intervalos semanais, até a colheita das plantas, quando foram avaliados parâmetros de produção.

A quantificação da cumarina (1-2 benzopirona), nas amostras do extrato bruto da parte aérea do chambá, foi feita em Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência. O campo eletromagnético foi analisado por meio da fotografia kirlian, utilizando-se a máquina de fotografia kirlian, Padrão Newton Milhomens. 

As preparações homeopáticas na baixa dinamização afetam o metabolismo primário, enquanto as altas dinamizações afetam o metabolismo secundário. Esse fenômeno confirma a possibilidade de aplicação das experimentações nos seres humanos em vegetais. As alterações na energia vital de Justicia pectoralis, retratadas na fotografia kirlian, confirmam as semelhanças entre a espécie e o preparado homeopático Acanthaceae, verificadas no metabolismo primário e secundário.

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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CUMARINA EM PLANTAS DE CHAMBÁ (Justicia pectoralis Jacq.) HOMEOPATIZADAS COM Arnica montana - (Capítulo 4)

A espécie Justicia pectoralis Jacq. tem seu ambiente de origem em regiões sombreadas de sub-bosque, com clima úmido, e vem sendo cultivada em condições muito diferentes desta. O processo de domesticação é traumatizante aos vegetais, podendo causar desequilíbrios internos, sintomas físicos e de comportamento, que a planta manifesta.

Para se adaptar aos ambientes, a planta produz compostos como as cumarinas que são úteis no ataque de herbívoros e microorganismos (MANN, 1987; STRACK, 1997) e até protegem as plantas vizinhas , dado o seu efeito alelopático (MELO e ANDRADE, 1989). Portanto, Justicia pectoralis é altamente influenciada por fatores externos, demonstrando comportamento defensivo de sobrevivência.

O medicamento homeopático Arnica montana, pelo Princípio da Similitude, é adequado ao quadro sintomatológico de Justicia pectoralis. É o medicamento mais indicado, nos casos adaptativos, sendo útil a qualquer tipo de traumatismo, inclusive injúrias físicas e mecânicas, antigas, hereditárias, estresse físico, sensibilidade a fatores externos, recuperação de tecidos celulares danificados interna e externamente (VOISIN, 1987; SILVA e MARQUES, 1994; MORENO, 1999b).

O trabalho teve por objetivo avaliar a resposta do chambá, expressa em crescimento, patogenesia e produção de cumarinas, às dinamizações crescentes de Arnica montana.

MATERIAL E MÉTODOS

As mudas foram propagada por divisão de touceiras de plantas-matrizes, pertencentes ao Grupo Entre Folhas, localizado na Vila Gianetti, em Viçosa-MG, sendo diretamente plantadas em vasos com 3,0 litros de terra de mata. O experimento foi conduzido nas dependências do telado do Departamento de Fitotecnia, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG, durante o período de 2.6.99 a 6.10.99.

A área recebeu 100% de luminosidade, por ser mais adequada à espécie, para maior produção de cumarinas (BARROS, 1992). O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 6 repetições e 5 tratamentos, totalizando 30 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso.

Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade. Para as variáveis altura e diâmetro da copa, os dados foram interpretados, utilizando-se a metodologia da superfície de resposta. Os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade.

Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3,0 m, isolados com filme de polietileno transparente e distribuídos aleatoriamente, sendo feito rodízio quinzenalmente. Os tratamentos constituíram-se das dinamizações 3,30,60,100 e 200, na escala centesimal hahnemanniana, do medicamento Arnica montana.

Na implementação dos tratamentos, que se iniciaram após o plantio, foi preparada uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada, pulverizada, aproximadamente 2,65ml, à parte aérea das plantas, semanalmente, nas primeiras horas do dia. As homeopatias foram adquiridas comercialmente em Laboratório credenciado de Manipulação de Medicamentos Homeopáticos.

Com o objetivo de analisar o crescimento vegetativo das plantas e a patogenesia, foram tomados os dados seguintes:

a) Altura da planta (ALT)

b) Diâmetro da planta (D)

c) Área foliar

d) Matéria fresca da inflorescência (MFI)

e) Matéria fresca de folhas e caule (MFFC)

f) Matéria fresca total (MFT)

g) Matéria seca da inflorescência (MSI)

h) Matéria seca de folhas e caule (MSFC)

i) Matéria seca total (MST)

Foram retiradas 4 amostras/tratamento de planta seca (folha e caule), em sala com desumidificador à temperatura aproximada entre 15,4 - 20,9 graus célsius, nas dependências do Grupo Entre Folhas, 84 dias após a implementação do experimento. As amostras foram acondicionadas em saco de polipropileno, retirando-se todo o ar das embalagens vedadas com fita adesiva, devidamente identificadas, e acondicionadas em saco preto, em geladeira a 10 graus célsius, até a realização das análises químicas.

A extração e a quantificação das cumarinas foram realizadas no Laboratório de Análise e Síntese de Agroquímicos (LASA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa.

Para avaliação do campo eletromagnético das plantas, sob diferentes tratamentos, utilizou-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens, Modelo 6SL-1, usando filme fotográfico Fuji Color, Asa 100, de 12 poses, em razão de facilitar o procedimento. Foi retirada, aleatoriamente uma folha de cada repetição da experimentação, que imediatamente foi fotografada em câmara escura, reduzindo as perdas energéticas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resumo da análise de variância das variáveis de crescimento, determinadas na colheita das plantas, encontra-se no Quadro 1, e as equações ajustadas no Quadro 2. As variáveis não foram influenciadas pelas dinamizações de Arnica montana. O resumo da análise de variância da altura e do diâmetro encontra-se no Quadro 3, e as equações de regressão ajustadas no Quadro 4.

O diâmetro da copa das plantas atingiu o estádio no qual permaneceu constante, não sendo influenciado pelos tratamentos, significativamente. Pela Figura 1, observa-se que a altura das plantas, com CH3, aumentou linearmente no tempo, alcançando valores maiores que os das demais plantas, porém todas tiveram pouca variação.

As plantas com CH3 alcançaram maior altura, reduzindo-a com o aumento da dinamização. O medicamento homeopático, na dinamização mais baixa, é mais denso, contém mais moléculas que na alta dinamização, atuando mais no corpo físico. Por causa das proximidades das frequências de ressonância, tal atuação foi verificada na alteração do corpo material. A interrupção do crescimento em altura, com o aumento da dinamização, demonstra que quanto mais o medicamento é dinamizado, pelo fato de ser não-molecular, as alterações não são perceptíveis nas expansões físicas da planta.

Quadro 1 pg 154

Quadro 2 e 3 pg155

Quadro 4 figura 1 pg156 

O metabolismo secundário do chambá respondeu às dinamizações de Arnica montana. O resumo da análise de variância e a equação de regressão ajustada encontram-se nos Quadros 5 e 6, respectivamente. Os conteúdos de cumarina das plantas com Arnica montana CH3 e CH30 foram próximos e mais baixos, aumentando progressivamente a partir de CH60, chegando ao máximo em CH100, seguido de grande redução em CH200.

As plantas com Arnica montana CH3 responderam ao medicamento com variações físicas (altura), e produziram baixos teores de cumarina, quando comparadas aos tratamentos CH60 e CH100, com comportamento contrário. Pode-se considerar que, em CH3, os impactos das adaptações, vindos da domesticação, refletidos, inclusive, na restrição espacial, foram superados, e as plantas atingiram maior altura, direcionando a energia disponível ao crescimento e consequentemente reduzindo o investimento em produção de cumarina de caráter defensivo.

Em CH200, as plantas reduziram muito a produção de cumarina e também cresceram pouco, como se não mais percebessem o medicamento. Considerando-se a planta utilizada neste experimento um ser sadio, os resultados são sintomas da patogenesia do medicamento. Neste caso, nas dinamizações CH60 e CH100, como a planta se manifestou hipersensível às condições, reduziu seu crescimento, e aumentou a produção de composto defensivo, além do que as plantas tiveram intensa floração, desproporcional à parte vegetativa.

O modelo de equação de regressão, que mais correspondeu à produção de cumarina foi o modelo cúbico. Na Figura 2, observa-se parte desse movimento com alternância, ou seja, baixa produção seguida de aumento de cumarina. Portanto, os preparados não-moleculares foram percebidos pelas plantas e atuaram como fatores externos sobre os mecanismos de resposta, tanto no metabolismo primário como no secundário.

Quadro 5 e 6 pg 159

Análise do campo eletromagnético: As fotografias kirlian das plantas podem ser observadas nas Figuras 3 e 4. As fotografias retratam alterações no campo eletromagnético das plantas em função das dinamizações.

No campo eletromagnético da testemunha, observa-se a desorganização total das luzes, sendo intensa a luminosidade e as definições da foto. A luz branca não envolve o contorno da folha, estando dispersa, individualizada, com muitas assinaturas na forma de feixes e explosões, havendo muita saída de energia. A luz rosa ocupa aproximadamente 50% do contorno da folha, sendo individualizada, com muitas reentrâncias. A luz azul circunda a folha, na forma de feixes.

Em CH3, tem-se a organização da energia e menor luminosidade da fotografia. A luz branca cerca quase todo o contorno  da folha, sendo individualizada, com pequenas explosões, e saída de energia em feixes mais suaves, quando comparada à testemunha. A luz rosa envolve maior contorno, apresentando manchas e feixes suaves. Feixes de luz azul envolvem toda a folha.

Em CH30, a luminosidade da fotografia aumentou em relação a CH3, mas é menor que na testemunha. A luz branca é bastante individualizada, envolvendo todo o contorno da folha, com saída de energia em feixes espessos de luz. A faixa ocupada pela luz rosa é mais estreita, em relação a CH3, sem reentrâncias, mas com manchas. A luz azul em menor intensidade, mas ainda em feixes, circundou todo o contorno da folha.

Em CH60, há difusão da luminosidade da fotografia. A luz branca ocupa todo o contorno da folha, e apenas em pequenos trechos está individualizada. As explosões reduzem e se tornam menos definidas. Na luz rosa, verificam-se manchas que ocupam uma faixa de espessura semelhante em CH30, porém mais difusa. A luz azul não está em todo o contorno, sendo pouco individualizada.

Em CH100, a fotografia apresenta luminosidade difusa. A luz branca envolve todo o contorno da folha, com forma definida na maior parte deste, com explosões bem pequenas e saída de energia bem difusa. A luz rosa apresenta manchas que, em determinadas partes, misturam-se à luz azul que é suave, envolvendo toda a folha, quase sem individualização.

Em CH200, ocorre maior difusão da luminosidade. A luz branca ocupa uma faixa mais larga, que circunda toda a folha e apenas em pequena parte se apresenta individualizada. A luz rosa não apresenta manchas e, sim, é uniforme, e a luz azul sutilmente abrange toda a folha.

Portanto, com o aumento da dinamização, observa-se progressiva difusão da luminosidade da fotografia. As luzes tornam-se mais centradas, retidas, com diminuição da saída de energia. Verifica-se, também, maior interação entre as luzes brancas, rosa e azul. Progressivamente, as individualizações vão-se transformando em um corpo de luz único, o que é perceptível em todas as colorações. A luz rosa, cada vez mais, torna-se una com a luz azul, e a luz branca ocupa maior faixa, diminuindo as explosões até não existirem mais.

As alterações no campo eletromagnético, verificadas nas fotografias, expressam a interação entre a energia vital da planta e a energia do medicamento.

A fotografia das plantas com CH3 apresentaram luzes muito individualizadas, com muitas assinaturas. Essas plantas em termos fisiológicos responderam com alterações apenas na altura, que foi maior que nas demais dinamizações, revelando a energia de menor frequência dessa preparação, atuando mais no físico, dada a ressonância, o que também pode estar expresso na fotografia.

Por outro lado, nas preparações não-moleculares, a luz progressivamente se tornou mais una, até que, em CH200, apresentou-se como um corpo de luz único. A unidade é equilíbrio, harmonia, enquanto a individualidade implica separatividade, partes como retrata a fotografia, e as alterações fisiológicas. Em CH30 e CH60, o crescimento é limitado, mas o conteúdo de cumarina não teve grandes variações, mostrando, ainda, mais individualizada que também é retratado na fotografia.

Pela fotografia kirlian, verifica-se que, com o aumento da dinamização, a aura das plantas expressou uma luz mais uniforme, organizada, uma luz que expressa o aumento do equilíbrio do ser.  Com o aumento da dinamização, também ocorre o aumento da difusão da luminosidade, o que pode estar expressando o caráter não-molecular dos medicamentos. Em CH200, o campo eletromagnético se expressa mais uniforme e uno, enquanto houve redução no metabolismo.

Portanto, Justicia pectoralis expressou sua similaridade a Arnica montana, fisiologicamente e energeticamente. Os princípios homeopáticos da dinamização também foram aplicáveis, demonstrando a universalidade da ciência homeopática.

Figura 3 pg 163

Figura 4 pg 164

RESUMO E CONCLUSÕES

Avaliou-se a resposta de Justicia pectoralis, expressa em crescimento, patogenesia, produção de cumarina e campo eletromagnético, a crescentes dinamizações de Arnica montana. O experimento foi conduzido nas dependências do telado do DFT/UFV, no período de 2.6.99 a 6.10.99. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 6 repetições e 5 tratamentos, totalizando 30 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso.

Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3,0 m. Os tratamentos constituíram-se das dinamizações CH3, CH30, CH60, CH100, e CH200 do medicamento Arnica montana. A implementação dos tratamentos iniciou-se após o plantio das mudas, sendo pulverizada a parte aérea com uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada. As homeopatias foram adquiridas em Laboratório de Manipulação de Homeopatia.

Os dados de altura e diâmetro da copa das plantas foram obtidos em intervalos semanais, até a colheita das plantas, quando foram avaliados parâmetros de produção. A quantificação da cumarina (1-2 benzopirona), nas amostras do extrato bruto da parte aérea do chambá, foi feita em Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência.

O campo eletromagnético foi analisado por meio da fotografia kirlian, utilizando-se a máquina de fotografia kirlian Padrão Newton Milhomens. As preparações não-moleculares de Arnica montana foram percebidas pelas plantas, sendo que os resultados podem expressar a patogenesia do medicamento, bem como a similitude entre a espécie e a homeopatia.

Com o aumento da dinamização até CH100, ocorre redução na resposta detectável no corpo físico da planta, aumentando-se o conteúdo do metabólito de defesa, cumarina, com respostas também retratadas no campo eletromagnético. A avaliação de produção do metabólito de defesa, as alterações no corpo físico e a fotografia kirlian indicam potencial a serem utilizados no estudo do comportamento dos vegetais frente às preparações homeopáticas.

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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CUMARINA EM PLANTAS DE CHAMBÁ (Justicia pectoralis Jacq., Acanthaceae) HOMEOPATIZADAS COM Phosphorus - (CAPÍTULO 5)

O elemento fósforo está presente em várias formas naturais, do amorfo até vários tipos cristalinos; suas cores vão desde o branco até o preto, passando pelo amarelo, vermelho, violeta-azulado, sendo que muitas propriedades físicas e químicas se modificam com a alteração da forma (MILANESE, 1990a).

É um elemento essencial ao crescimento e desenvolvimento dos vegetais, e os solos brasileiros são pobres deste elemento. Em consequência dos cultivos exaustivos e sem critérios, e das perdas por processos erosivos, muitos sintomas desenvolvidos nas plantas são relacionados à falta ou excesso desse mineral, no ambiente, que vem sendo incorporado maciçamente via adubação.

O termo fósforo se refere ao elemento químico em si, enquanto Phosphorus se refere à homeopatia, sendo um termo grego onde Phosphos significa luz e phorus traduz-se por carrego, logo, Phosphorus significa "eu carrego a luz" (MILANESE, 1990b). O medicamento homeopático Phosphorus cobre muitos sintomas na pesquisa Homeopática, sendo indicado, por exemplo, a seres hipersensíveis, com sensibilidade à luz, que apresentam defesa antecipada frente a um ataque (VOISIN, 1987; MORENO, 1999c).

Por analogia desses sintomas, a hipótese é que o medicamento possa ter resposta na espécie Justicia pectoralis Jaq., que é sensível a condições externas, principalmente à luz, reagindo com maior produção de cumarinas (BARROS, 1992). Espera-se, também, que, pela administração desse medicamento em preparações não-moleculares, apenas sua informação seja suficiente para que a planta supere essa deficiência de adaptação e compense com maior crescimento em termos de massa foliar, ou ainda encontre um ponto de equilíbrio fisiológico entre crescer e produzir os metabólitos secundários.

Portanto, o objetivo desse ensaio foi verificar a resposta do chambá ao medicamento Phosphorus em termos de balanço entre crescimento e patogenesia e produção de cumarina.

MATERIAL E MÉTODOS

As mudas foram propagadas por divisão de touceiras de plantas-matrizes pertencentes ao Grupo Entre Folhas, localizado na Vila Gianetti, em Viçosa/MG, sendo diretamente plantadas em vasos de 3,0litros, contendo como substrato terra colhida sob mata, sem adubação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com tela de 30% de sombreamento e cobertura de filme transparente de polietileno, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa/MG, durante o período de 2.6.99 a 6.10.99.

O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 3 repetições e 12 tratamentos, num esquema fatorial 6x2 (6 dinamizações, 2 formas de aplicação), totalizando 36 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso. Os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. Para o fator qualitativo, as médias foram comparadas, utilizando-se o teste F, a 5% de probabilidade.

Para o fator quantitativo, utilizou-se a regressão e os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t", a 5% de probabilidade e no coeficiente de determinação. Para as variáveis altura e diâmetro da copa, o experimento foi analisado no esquema de parcela subdividida, tendo na parcela um esquema fatorial 6x2 (6 dinamizações, 2 formas de aplicação), e na subparcela os dias, no delineamento inteiramente casualizado com 3 repetições.

Os vasos de cada tratamento forma distanciados de 3,0 m, isolados com filme de polietileno transparente e distribuídos, aleatoriamente, sendo feito rodízio quinzenalmente. Os tratamentos foram constituídos pela combinação das dinamizações CH2, CH4, CH6, CH8, CH10 e CH12 do medicamento Phosphorus, e com duas formas de aplicação às plantas: via pulverização e via irrigação.

Na implementação dos tratamentos, que se iniciou após o plantio, foi preparada uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada, sendo pulverizada ou irrigada às plantas, semanalmente, nas primeiras horas do dia. No caso da pulverização, para cada dinamização, utilizou-se um pulverizador individual, sendo aplicado aproximadamente o volume de 2,65 ml da solução na parte aérea das plantas e, na irrigação, utilizou-se um volume de 250ml da solução/vaso, aplicada ao solo.

A partir do medicamento Phosphorus CH2, adquirido em Laboratório de Manipulação de Homeopatia, foram preparadas as demais dinamizações no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia, na UFV. Nas preparações, foram adotadas as normas e os procedimentos indicados na FARMACOPÉIA (1977), empregando-se procedimentos de acordo com PRADO NETO (1997).

Para analisar o crescimento vegetativo das plantas e detectar possíveis patogenesias, foram tomados os dados seguintes:

a) Altura da planta (ALT)

b) Diâmetro da copa da planta (DC)

c) Área foliar

d) Matéria fresca da inflorescência (MFI)

e) Matéria fresca de folha e caule (MFFC)

f) Matéria fresca total (MFT)

g) Matéria seca da inflorescência (MSI)

h) Matéria seca de folhas e caule (MSFC)

i) Matéria seca total (MST)

Foram retiradas 2 amostras/tratamento de planta seca (folha e caule), em sala com desumidificador Arsec (Modelo 250 M3U), colhidas 84 dias após a implementação do experimento, que foram acondicionadas em saco de polipropileno, retirando-se todo o ar das embalagens, vedadas com fita adesiva, devidamente identificadas, e acondicionadas em saco preto, em geladeira a -10 graus célsius, até a realização das análises químicas.

A extração e quantificação das cumarinas foram realizadas no Laboratório de Análise e Síntese de Agroquímicos (LASA) do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa.

Análise do campo eletromagnético: Para avaliação do campo eletromagnético das plantas, sob diferentes tratamentos, utilizou-se a Máquina de Fotografia Kirlian, Padrão Newton Milhomens, Modelo 6SL-1, usando filme fotográfico Fuji Color, Asa 100, de 12 poses, em razão de facilitar o procedimento. Foi retirada aleatoriamente, uma folha de cada planta da experimentação, que imediatamente foi fotografada em câmara escura, evitando-se assim uma perda energética.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resumo da análise de variância das variáveis de crescimento determinadas na colheita encontra-se no Quadro 1, e as equações de regressão ajustadas no Quadro 3. A matéria seca da inflorescência e a área foliar foram influenciadas pelas dinamizações de Phosphorus. Nas Figuras 2 e 4, observa-se que essas variáveis apresentaram maiores valores de produção em CH2, seguidas de um declínio no intervalo CH4-Ch8, voltando a crescer até CH12. O mesmo comportamento pode ser observado na matéria fresca de folha e caule e matéria seca total (Figuras 1 e 3).

Pelos Quadros 1 e 2, observam-se diferenças na produção de matéria fresca de folha e caule, matéria fresca total e área foliar, em função da forma de aplicação do medicamento. A produção foi maior quando o Phosphorus foi pulverizado. O medicamento homeopático, por ser medicamento energético, com características de onda (VITHOULKAS, 1980, CAPRA, 1983), talvez via pulverização, possa ter sido mais bem assimilado pelas folhas, que responderam com maior crescimento e produção.

Quadro 1 e 2 pg 178

Quadro 3 figura 1 pg 179

 

Figura 2 e 3 pg 180

Figura 4 pg 181

Nos Quadros 4 e 5, encontram-se, respectivamente, o resumo da análise variância e as equações de regressão ajustadas das variáveis altura e diâmetro da copa de Justicia pectoralis, determinadas ao longo do período experimental, que foram influenciadas pelos tratamentos. As variáveis foram analisadas em função das crescentes dinamizações de Phosphorus, em cada uma das formas de aplicação: irrigação e pulverização.

Quando os medicamentos foram aplicados via irrigação, a altura foi maior nas plantas com CH4, CH6 e CH8, e as menores alturas em CH2 e CH12 (Figura 5). No intervalo entre CH4 e CH8, as plantas apresentaram menor produção de matéria fresca de folha e caule, matéria seca da inflorescência e área foliar (Figuras 1, 2 e 4). Logo, neste intervalo, investiram no crescimento em altura reduzindo a produção.

Em CH2 e CH12, com menor altura, foram as plantas que apresentaram pico de produção. O diâmetro da copa cresceu, progressivamente, com o aumento da dinamização, alcançando-se maior diâmetro em CH12 (Figura 6). Porém, quando o Phosphorus foi aplicado via pulverização, houve comportamento diferente na altura. Em CH12, as plantas alcançaram maior porte que em todos os outros tratamentos, que não diferiram entre si (Figura 7).

Entretanto, o diâmetro da copa manteve o mesmo comportamento, independente da forma de aplicação, sendo crescente com o aumento da dinamização (Figura 8). Em CH12, as plantas cresceram em diâmetro, devido maior matéria fresca, e reduziram a altura. Em CH2, as plantas investiram na matéria fresca e alcançaram pequeno diâmetro. Quando pulverizadas, investiram na altura; porém, quando irrigadas, investiram menos na altura.

Considerando-se a planta sadia, os sintomas expressam a patogenesia em Justicia pectoralis, a qual é coincidente com a patogenesia de Phosphorus descrita nos seres humanos. Por outro lado, a similitude entre Justicia pectoralis e Phosphorus foi destacada no corpo físico da planta, visto que as dinamizações foram baixas. Além da similitude, a forma de aplicação, portanto, exerce influência nos sintomas da planta.

Quadro 4 pg 183

Quadro 5 e Figura 5 pg 184

Figura 6 e 7 pg 185

Figura 8 pg 186

O resumo da análise de variância do rendimento de cumarina e a equação de regressão ajustada encontram-se nos Quadros 6 e 8, respectivamente. A variável não foi influenciada pela forma de aplicação (Quadro 7). O conteúdo de cumarina aumentou progressivamente com a dinamização, sendo esta resposta mais perceptível, a partir de CH4. Em CH12, verifica-se leve declínio na curva (Figura 9), que pode ser decorrente do efeito de diluição, uma vez que as plantas aumentaram a produção de matéria fresca em CH12, mas também esse declínio pode representar a tendência expressa pela equação cúbica.

Entre CH4 e CH8, elas cresceram e produziram menos matéria fresca, investindo em defesa. Já em CH2, CH10 e CH12, utilizaram a informação do fósforo, contido em Phosphorus, optando pelo crescimento, reduzindo a defesa. Existe ainda a possibilidade de ter produzido cumarina, que foi volatilizada, em excesso. Os resultados em CH2 e CH12 foram semelhantes. O Phosphorus transporta muito energia (MORENO, 1999c), por isso, em CH12, mesmo investindo no crescimento, ainda havia energia suficiente para investir em defesa.

O conteúdo de cumarina não foi influenciado pela forma de aplicação do Phosphorus, enquanto o crescimento e a produção o foram. Pode-se inferir que, no caso do metabolismo primário, a informação estaria sendo utilizada, localmente, estimulando o crescimento físico das plantas; neste caso, sendo a pulverização mais eficiente. No caso do metabolismo secundário, a informação foi captada em ambas as vias pela energia vital.

Quadro 6 e 7 pg 188

Figura 9 pg 189

 

Análise do campo eletromagnético: As fotografias do campo eletromagnético de Justicia pectoralis, com crescentes dinamizações de Phosphorus, podem ser observadas nas Figuras 10 e 11. Na testemunha, a luminosidade da fotografia apresenta leve difusão. A luz branca se encontra muito individualizada, com feixes de energia e muitas explosões e estrias. A luz rosa é pouco centrada, com manchas e reentrâncias, e envolve todo o contorno da folha. O canal de circulação é perceptível, com trechos marcados por explosões de luz.

Em CH2, a foto contém grande luminosidade. A luz branca é muito individualizada em feixes e algumas explosões de energia e estrias. A luz rosa não envolve todo o contorno da folha, sendo manchada e com muitas reentrâncias que são profundas em alguns pontos. O canal central de circulação é perceptível, com explosões de luz levemente difusas.

A luminosidade da fotografia é grande em CH4. A luz branca é muito individualizada, com feixes, muitas explosões pequenas e grandes, e algumas estrias. A luz rosa parece mais retida, mas com poucas manchas. O canal central de circulação se caracteriza por explosões de luz difusa e assinadas.

Em CH6, ocorre leve difusão da luminosidade da foto. A luz branca é mais difusa, mas com assinaturas na forma de feixes, explosões pequenas e grandes, e estrias. A luz rosa é bem retida, com algumas reentrâncias. O canal de circulação é muito assinado.

Em CH8, ocorre leve difusão na fotografia. A luz branca é muito individualizada, luminosa, com muitas assinaturas em feixes e estrias, muitas explosões pequenas e grandes de luz branca. A luz rosa é pouco espessa e muito interrompida, com reentrâncias profundas e manchas. O canal central é muito individualizado com explosões de luz branca.

Em CH10, a fotografia está com intensa luminosidade. A luz branca é muito assinada com feixes e pequenas explosões, e com algumas estrias. A luz rosa aumenta em espessura, sendo as reentrâncias perceptíveis em apenas um dos lados do contorno da folha. O canal de circulação é muito individualizado.

Em CH12, ocorre difusão da luminosidade. A luz branca é mais espessa, com individualizações em feixes, poucas explosões e estrias pouco marcantes, mais difusas. A luz rosa parece mais retida, com reentrâncias profundas. O canal de circulação de energia é levemente difuso.

Em todas as fotografias, percebem-se muitas assinaturas na luz branca, sendo que, em CH12, os detalhamentos se tornam menos nítidos. Pode-se inferir que o campo eletromagnético estaria recebendo energia, já que na dinamização CH12 as moléculas já são praticamente inexistentes, resultando num campo com menos assinaturas.

Verificam-se nas fotografias CH4, CH6 e CH8 grandes expressões de saída de energia. Nessas dinamizações, houve queda no crescimento e na produção de matéria fresca que pode estar relacionada às perdas energéticas. Essas preparações, progressivamente, são mais energéticas, e o excesso de energia estaria sendo perdido.

O aumento da cumarina neste intervalo teve aumento que pode ser proveniente da concentração causada pela redução da matéria fresca ou ainda de uma maior produção, que pode ter sido acompanhada de volatilização. Algumas pessoas, ao se aproximarem dessas plantas, sentiram, repetitivamente e de modo análogo, os sintomas de queda na pressão e queda de temperatura, que são sintomas provocados pela cumarina. (OJEWOLE  e ADESINA, 1983b; MACRAE e TOWERS, 1984), o que pode vir da sua volatilização.

Por outro lado, esses sintomas também caracterizam o Phosphorus (VOISIN, 1987; MORENO, 1999c), logo demonstrando o excesso de energia do medicamento na planta. Portanto, as fotografias Kirlian retrataram alterações no campo eletromagnético das plantas, resultantes das dinamizações do Phosphorus, significando que pode se tornar uma tecnologia com potencial de avaliação dos efeitos das homeopatias em plantas.

Figura 10 pg 192

Figura 11 pg 193 

RESUMO E CONCLUSÕES

Avaliou-se a resposta de Justicia pectoralis a crescentes dinamizaçõess do medicamento Phosphorus, em termos de balanço entre crescimento e patogenesia e produção de cumarina, além do campo eletromagnético. O experimento foi conduzido nas dependências do telado do DFT/UFV, no período de 2.6.99 a 6.10.99.

O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 3 repetições e 12 tratamentos, totalizando 36 parcelas experimentais, sendo cada parcela constituída de 1 planta/vaso. Os vasos de cada tratamento foram distanciados de 3,0m, isolados com filme de polietileno transparente. Os tratamentos constituíram-se da combinação das dinamizações CH2, CH4, CH6, CH8, CH10 e CH12 de Phosphorus, e duas formas de aplicação: via pulverização e via irrigação.

A implementação dos tratamentos iniciou-se após o plantio das mudas, sendo preparada uma solução contendo 10 gotas da homeopatia/litro de água desmineralizada. O medicamento Phosphorus CH2, comprado em Laboratório de Manipulação de Homeopatia, originou as demais dinamizações, que foram preparadas no Laboratório de Homeopatia do DFT/UFV, segundo as técnicas oficiais indicadas na FARMACOPÉIA (1977), empregando-se procedimentos de acordo com PRADO NETO (1997).

Os dados de altura e diâmetro da copa das plantas foram obtidos em intervalos semanais, até a colheita das plantas, quando foram avaliados parâmetros de produção. A quantificação da cumarina (1-2 benzopirona), nas amostras do extrato bruto da parte aérea do chambá, foi feita em Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência.

O campo eletromagnético foi analisado por meio da fotografia kirlian, utilizando-se a máquina de fotografia kirlian, Padrão Newton Milhomens. A similitude entre o Phosphorus e Justicia pectoralis foi expressa no corpo físico das plantas, com resposta que variaram em função da dinamização e da forma de aplicação do medicamento, e alterações no mecanismo de defesa, que é uma das funções da energia vital, expressa no conteúdo de cumarina.

Por outro lado, considerando a planta sadia, tais resultados são característicos da patogenesia do Phosphorus. O campo eletromagnético das plantas retratou alterações energéticas em função das dinamizações do medicamento. Sendo o elemento fósforo constitucional dos vegetais, sua informação, presente nas baixas dinamizações do medicamento Phosphorus, foi percebida pelas plantas, e suficiente para que essas respondessem com alterações fisiológicas e energéticas. Esses resultados indicam o potencial de aplicação da ciência em vegetais. 

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RESUMO E CONCLUSÕES

Avaliou-se a resposta no crescimento, na patogenesia, na produção de cumarina e no campo eletromagnético em Justicia pectoralis, a medicamentos e preparações homeopáticas.

Foram conduzidas cinco experimentações no telado do DFT/UFV. No primeiro ensaio, aplicou-se à parte aérea das plantas, via pulverização, uma solução contendo uma gota da homeopatia/litro de água desmineralizada das preparações denominada Justicia CH3, Acanthaceae CH3, Guaco CH3, Cumarina P.A. CH3 e Ácido Húmico CH3 e dos medicamentos Phosphorus CH3, Arnica montana CH3 e Sulphur CH3, tendo-se duas testemunhas: etanol 70% e etanol 70%CH3.

Nos ensaios seguintes, aplicaram-se à parte aérea do chambá soluções homeopáticas, elaboradas a partir das homeopatias, em crescentes dinamizações na escala centesimal hahnemanniana: 3, 6, 12, 18, 24 e 30 de Justicia; 3,6,12,18,24,30 de Acanthaceae; e 3, 30, 60, 100 e 200 de Arnica montana. No ensaio do Phosphorus, os tratamentos constituíram-se da combinação das dinamizações 2, 4, 6, 8, 10 e 12 do medicamento, com duas formas de aplicação às plantas: via irrigação e via pulverização.

A espécie medicinal Justicia pectoralis é sensível a homeopatias, expressando respostas no crescimento, na produção de cumarina e no campo eletromagnético. As respostas, por outro lado, manifestam a similitude entre a espécie e a homeopatia; por outro lado, expressam características da patogenesia das preparações e dos medicamentos.

Há alternância de resposta nas crescentes dinamizações, sendo que as baixas dinamizações atuam principalmente no metabolismo primário, enquanto as altas dinamizações no metabolismo secundário, indicando comportamento semelhante ao verificado em seres humanos. As leis homeopáticas e a Lei da Igualdade, traçadas para seres humanos, são aplicadas à espécie estudada.

As plantas medicinais apresentam potencial para estudo do comportamento dos vegetais, frente à homeopatia, sendo a avaliação do metabólito de defesa e a fotografia kirlian bons parâmetros a serem avaliados.

A ciência homeopática, de preparações não-moleculares, tem potencial na agricultura orgânica, harmonizando as plantas em curto espaço de tempo.